Domingos

Fui baptizado em 1997, marcando o início de uma caminhada espiritual que me acompanha até hoje. 

Seis anos depois, a vida exigiu de mim uma maturidade precoce: tornei-me responsável por cuidar dos meus seis irmãos, uma missão que abracei com amor e dedicação. Pouco tempo depois, a doença da minha mãe trouxe desafios acrescidos à nossa família, exigindo ainda mais força e união. 

Em 2008, enfrentei uma dor que nunca esquecerei — perdi o meu irmão, vítima de um assassinato. Foi um golpe profundo, que transformou a minha forma de ver o mundo e a vida. 

Doze anos depois, vivi outro momento devastador: vi o meu pai partir nos meus braços. Uma despedida dura, silenciosa, que me marcou de forma indelével. 

Mas a vida, com toda a sua complexidade, também sabe renovar a esperança. Em 2023, nasceu a minha filha — uma bênção que reacendeu em mim a alegria, a força e o sentido de futuro. 

No ano seguinte, acompanhei a minha mãe num processo difícil de transplante. Foi essa urgência de estar presente que me trouxe até Portugal, numa viagem feita de amor, sacrifício e transformação. 

Já em 2025, encontrei na CAIS um apoio essencial. Foi aqui que redescobri a força interior que julgava perdida. Recebi suporte, escuta e motivação para continuar a minha jornada — com fé, coragem e esperança de um amanhã melhor.